Administrar uma empresa, independentemente do seu ramo de atuação, requer estratégias eficientes e controle sólido para garantir um crescimento sustentável e lucrativo.
Neste artigo, mergulharemos no universo dos ativos imobilizados, desvendando o seu significado, a sua importância e como eles podem se tornar verdadeiros aliados para uma gestão bem-sucedida. Vamos lá?
O que é o ativo imobilizado?
O ativo imobilizado representa aqueles bens duradouros e essenciais para o funcionamento do seu negócio. São os equipamentos, máquinas e ferramentas que mantêm o seu serviço funcionando.
Imagine, por exemplo, a furadeira que você usa para instalar equipamentos de segurança, a escada que auxilia na instalação de sistemas de vigilância ou o fusor de fibra óptica indispensável para o serviço de cabeamento estruturado. Esses são alguns exemplos de ativos imobilizados.
Esses bens desempenham um papel crucial no coração do seu negócio, mantendo tudo operando. Porém, é importante ressaltar que o ativo imobilizado não é consumido ou vendido no curto prazo, ao contrário, tem um ciclo de vida mais longo e contribui para a produtividade por um período significativo.
Para garantir que tudo esteja nos trilhos, é fundamental fazer uma boa gestão de materiais e contabilizar corretamente a depreciação desses ativos ao longo do tempo, garantindo o registro preciso na papelada e nos números.
Para que serve o ativo imobilizado?
O ativo imobilizado é uma peça-chave para o sucesso e crescimento das empresas prestadoras de serviço, independentemente do segmento em que atuam. Esses ativos representam investimentos de longo prazo e desempenham diversas funções essenciais:
Suporte Operacional
Equipamentos como maquinários e ferramentas são fundamentais para a realização das atividades diárias. Eles garantem a eficiência operacional e a prestação de serviços de alta qualidade aos clientes.
Valorização do Patrimônio
O ativo imobilizado contribui para a valorização do patrimônio da empresa. Ao possuir bens duráveis e essenciais, a empresa fortalece sua posição no mercado e atrai investidores em potencial.
Controle de Custos
A correta gestão dos ativos imobilizados auxilia no controle de custos operacionais. A manutenção adequada e a depreciação registrada de forma precisa permitem evitar gastos desnecessários com reparos e substituições prematuras.
Conformidade Legal e Fiscal
A adequada contabilização e controle dos ativos imobilizados são cruciais para cumprir as normas contábeis e fiscais. Isso garante a conformidade legal da empresa e evita problemas com órgãos reguladores.
Em resumo, o ativo imobilizado é uma ferramenta estratégica que proporciona suporte, controle, valorização e conformidade para as empresas prestadoras de serviço. Sua gestão adequada impulsiona o crescimento e a prosperidade, tornando-o um componente essencial para uma gestão empresarial bem-sucedida.
Quais são os tipos de ativo imobilizado?
Os ativos imobilizados podem ser divididos em duas categorias principais: “tangíveis” e “intangíveis”. Vamos explorar os principais tipos presentes nos diferentes segmentos de empresas prestadoras de serviço:
Ativos tangíveis
Categoria que engloba os bens físicos e palpáveis utilizados nas operações das empresas. Entre eles, estão:
- Ferramentas e máquinas: escadas, furadeiras, máquinas de construção e outros equipamentos específicos para a prestação de serviços;
- Imóveis: escritórios, centros de operações e demais instalações físicas necessárias para o funcionamento das atividades;
- Veículos: vans, caminhões ou veículos utilitários utilizados para deslocamento e transporte de equipamentos.
Ativos intangíveis
Categoria que inclui bens que não possuem existência física, mas representam valor para a empresa. Alguns exemplos pertinentes a empresas prestadoras de serviço são:
- Marcas e patentes: marcas registradas e patentes relacionadas a serviços e produtos específicos prestados pela empresa.
- Software e licenças: softwares utilizados para gerenciamento interno, sistemas de segurança eletrônica e licenças de uso de programas essenciais para o negócio.
Como é calculado o valor do ativo imobilizado?
A nova lei causou algumas mudanças no que tange ao ativo imobilizado. Nos anos anteriores a 2013 o valor mínimo para considerar-se imobilizado era de R$ 326,61, mas com a publicação da Lei 12.973/2014 esse valor foi alterado para R$ 1.200.
Veja o que diz o art. 15 desta lei:
“Custo de aquisição de bens do ativo não circulante imobilizado e intangível não poderá ser deduzido como despesa operacional, salvo se o bem adquirido tiver valor unitário não superior a R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) ou prazo de vida útil não superior a um ano.”
Quando é falado em valor do ativo é necessário lembrar de dois termos: da depreciação e do teste de recuperabilidade. Segundo a lei, é obrigação da empresa realizar o teste de recuperabilidade periodicamente sobre o imobilizado e o intangível.
Desta forma, a depreciação tem por finalidade demonstrar o desgaste que o bem sofre com o passar do tempo e com a sua utilização. Por outro lado, o teste de recuperabilidade tem por finalidade demonstrar o valor real do bem, sendo que pode haver uma perda ou um ganho sobre o valor contábil.
Como a depreciação do ativo imobilizado acontece?
A depreciação é um conceito contábil importante relacionado aos ativos imobilizados. Ela representa a alocação do valor de um ativo ao longo de sua vida útil, considerando o desgaste e a obsolescência natural que ocorrem com o tempo.
Para empresas prestadoras de serviço, compreender a depreciação é essencial, pois afeta a determinação do custo real dos serviços prestados e influência as demonstrações financeiras.
Existem diferentes métodos de depreciação que podem ser aplicados aos ativos imobilizados, e a escolha do método mais adequado depende do tipo de ativo e da política contábil adotada pela empresa. Vamos conhecer os dois métodos mais comuns:
Depreciação Linear
Nesse método, o valor depreciação é distribuído de forma uniforme ao longo da vida útil do ativo. Por exemplo, se uma máquina de construção tem um custo de R$ 100.000 e uma vida útil estimada de 10 anos, a depreciação anual será de R$ 10.000 (R$ 100.000 / 10 anos).
Depreciação Acelerada
Nesse método, a taxa de depreciação é maior nos primeiros anos de uso do ativo e diminui ao longo do tempo. Isso reflete o fato de que muitos ativos perdem valor mais rapidamente nos primeiros anos de uso. A depreciação acelerada pode ser vantajosa para efeitos fiscais, pois permite a dedução de um valor maior nos primeiros anos.
É importante ressaltar que a depreciação não representa uma perda física dos ativos, mas sim uma alocação contábil do valor do investimento ao longo do tempo. Além disso, a depreciação não se aplica aos ativos intangíveis, que têm um tratamento contábil diferente.
Como diagnosticar o ativo imobilizado de uma empresa?
O diagnóstico adequado dos ativos imobilizados é fundamental para garantir controle financeiro, a valorização do patrimônio, a conformidade legal e a eficiência operacional. Aqui estão os principais passos para realizar esse diagnóstico:
- Inventário Físico: O primeiro passo é realizar um inventário físico detalhado de todos os ativos imobilizados da empresa. Isso envolve identificar, registrar e catalogar cada item.
- Avaliação de Condição: Durante o inventário, é importante avaliar a condição de cada ativo. Verifique se estão em bom estado de funcionamento, se necessitam de manutenção ou se estão obsoletos.
- Registro Contábil: Garanta que todos os ativos imobilizados estejam corretamente registrados na contabilidade da empresa. Isso inclui informações como o valor de aquisição, vida útil estimada e método de depreciação utilizado.
- Controle de Documentação: Mantenha a documentação relacionada aos ativos imobilizados em ordem. Isso inclui contratos de compra, notas fiscais, garantias, certificados, entre outros.
- Avaliação de Valor: Periodicamente, é importante avaliar o valor dos ativos imobilizados. Isso pode ser feito por meio de uma reavaliação, especialmente quando há mudanças significativas no mercado que afetem o valor dos ativos.
Exemplo de cálculo de ganho de capital
Imaginemos que uma empresa na área de segurança eletrônica possui uma furadeira elétrica adquirida há 2 anos por R$ 1.500, com uma vida útil estimada de 5 anos e um método de depreciação linear.
Após dois anos de utilização, a empresa decide realizar uma reavaliação da furadeira, considerando a valorização desse tipo de equipamento no mercado atual. A nova avaliação indica que o valor justo da furadeira é de R$ 1.800.
Para calcular o ganho de capital decorrente dessa reavaliação, siga os passos abaixo:
- Valor Contábil Original: O valor contábil original da furadeira é de R$ 1.500, que é o valor de aquisição.
- Valor Justo Atual: O valor justo atual após a reavaliação é de R$ 1.800.
- Ganho de Capital: O ganho de capital é calculado subtraindo o valor contábil original do valor justo atual:
Ganho de Capital = Valor Justo Atual — Valor Contábil Original (R$ 1.800 — R$ 1.50 = R$ 300)
Nesse exemplo, a empresa obteve um ganho de capital de R$ 300 decorrente da reavaliação da furadeira elétrica. Esse valor deve ser registrado contabilmente e pode ter implicações fiscais para a empresa, dependendo das normas tributárias aplicáveis.
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